segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Começo

Na foto : Albarud II 



      Minha paixão por cavalos vem desde a minha tenra idade.Lembro-me de estar cercada por eles ou será melhor dizendo,cercando-os.
                Primeiro por mangalargas.
                Recordo-me de meu pai levando-me na frente de sua sela preta num garanhão negro chamado Mocambo,sonho de qualquer garotinha.
                Isso tudo em Jundiaí-Mirím aonde tinhamos uma chácara
                 Um dia,ele falou que tinha comprado mais cavalos,um garanhão e sete éguas,árabes dessa vez,fato que me chocou do alto de meus 5 anos de idade ,pois o Mocambo era o rei da chácara.Fiquei curiosa,quando quis conhece-lo,fui até as duas baias(duas baias?!?!?)que audácia coloca-lo junto ao Mocambo,deparei-me com um animal muito menor e totalmente vermelho ,na minha linguagem,traduzindo alazão.Lembro-me de ter virado e usando botinhas pretas iguais as de meu pai e saí marchando muito determinada em direção à sede para conversar com o Nagib.
                 Este foi o primeiro contato que tive com um cavalo árabe e mal sabia eu ,o começo de um amor ,um casamento que
dura até hoje e que ainda me emociona a ponto de  meus olhos lacrimejarem.
                 É,mal sabia eu, da história de amor e paixão que dali se iniciaria.
                  Fui marchando resolutamente para falar com meu pai pois,tinhamos muito em comum (já que era só eu que tinha minhas botinhas pretas iguais a dele) .  Como(?!?!?)aquele cavalo vermelho tinha ido parar na baia vizinha ao mocambo?
                Ao encontra-lo molhando(regando)as árvores do jardim fui logo perguntando:
           -Papai,o que aquele cavalo vermelho está fazendo na mesma casa que o mocambo?(maõzinha na cintura e a outra virada para cima para dar maior enfase à pergunta).
           -Adelinha,a cor do cavalo é chamada de alazã e ele é um cavalo árabe que eu gosto e queria ter há muito tempo e que só agora consegui compra-lo.Seu nome é Albarud,e sete(7)éguas.
           -Mas e o mocambo,papai??
           -Vem cá - chamou-me para sentar ao lado dele na grama. E daí ele me explicou toda a história de como gostava da raça árabe e daonde ele tinha finalmente conseguido comprar e levantando-se chamou-me para ir conhecer de pertinho o Albarud e as sete éguas.
            E assim foi meu primeiro real contato com o cavalo árabe e o início de um grande amor quando toquei em sua pelagem fogo e sedosa e olhos complacentes e bondosos.

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