segunda-feira, 30 de maio de 2011

A primeira ida à Fazenda Santa Gertrudes


  A primeira vez ninguém esquece!
           Nossa ,parecia uma estrada sem fim em meio ao pó,poeira muitos espirros e tosses. Assim foi minha primeira ida a Sta Gertrudes! 
              7 ou 9 quilômetros sem fim de uma estrada de terra cercada de mato e barrancos por todos os lados mas enfim são e salvos ,chegamos!!
              O que era aquele lugar!?!?????!!!Se comparada a chácara que eu estava acostumada parecia um mato inexplorado!Moitas de capim gordura a direita,moitas enormes de capim Napier entre outras vegetações desconhecidas para mim
               Repetindo, que comparada a chácara Califórnia a civilização não tinha chegado ali.Na minha cabecinha de 9 aninhos haviam só perguntas:-o quê?
                                 como?hãm? heim?
                        Chegando na sede(sede???????)fui conhecer o que dava para se andar,d e s b r a v a r.
                      Até hoje me lembro de 3 árvores de camélias em flores atrás da casa e de um córregozinho que corria dentre um mato atolante.Um caminhozinho d'água aonde avistei uma cobra ali nadando.C o b r a !?!{?
                       Como uma boa menina da minha idade avisei ao meu pai sobre a cobra.Meu pai sorrindo,talvez pela minha cara ou tom de voz,comentou:
                      -Ah ,não é nada não. Você deve ter visto um graveto
                      Nada não, pensei, aquela cobra preta imensa e gorda? Ele veio ver uma fazenda que tem cobras!!!!!
                      Voltamos para a sede e eu untada de carrapixos.Mas, eu já sabia pela expressão do Nagib que ele já tinha se decidido quanto a fazenda.A casa era pequena se comparada a chácara,ALIÁS,tudo era muito diferente da casa da chácara com seu gramado imenso na frente dela,as parreiras,as nogueiras enfim eu não podia deixar de fazer a comparação.
                       Mais uma vez,foi assim que a Sta Gertrudes invadiu minha vida e meu coração.

terça-feira, 24 de maio de 2011

As primeiras éguas e as primeiras importações

Na foto : O garanhão Cerveza


Aqui está mais um pedacinho da minha história:
Das primeiras éguas compradas eu ainda consigo me lembrar dos nomes , pelagens e de como eram:
                 Eureka,pedrez
                 Phalouma,tordilha da crina escura
                 Ekke,pedrez
                 Fahima,castanha
                 Magna,alazã
                 Pabatasmar,alazã
                 E a 3/4 ou 7/8 Tamra,preta
Só sei que foram compradas da Fazenda Canchim,se não me engano.
E só sei tambem de uma coisa eu adorava ficar ao redor delas de uma maneira ou de outra.
Quando o gramado imenso da frente da sede era aparado,eu corria pegar a grama cortada ,colocava sal de cozinha e ia toda satisfeita da vida oferecer a elas fossem as mangalargas ou árabes pois na época eu nem poderia saber da grande diferença entre elas a não ser pelo tamanho.E elas pareciam gostar.
Não sei bem da ordem cronológica dos fatos.
Algum tempo depois meu pai fez uma importação dos EUA,um cavalo alazão tostado ,frente aberta e quatro membros calçados,de nome Cerveza e de duas éguas lindas uma tordilha e a outra castanha e que se chamavam Patsy Lewis e Texas Dolly.
Não sei precisar quanto tempo depois meu pai convidou-nos para ir conhecer uma fazenda que ele iria conhecer para compra´-la ou não.Sei que eu fui(já que eu era a favorita descaradamente)e lembro-me da minha mãe no carro e alguns dos irmãos mas não me recordo quais.
E,foi assim que a Fazenda Sta Gertrudes entrou na nossa,na MINHA VIDA.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Começo

Na foto : Albarud II 



      Minha paixão por cavalos vem desde a minha tenra idade.Lembro-me de estar cercada por eles ou será melhor dizendo,cercando-os.
                Primeiro por mangalargas.
                Recordo-me de meu pai levando-me na frente de sua sela preta num garanhão negro chamado Mocambo,sonho de qualquer garotinha.
                Isso tudo em Jundiaí-Mirím aonde tinhamos uma chácara
                 Um dia,ele falou que tinha comprado mais cavalos,um garanhão e sete éguas,árabes dessa vez,fato que me chocou do alto de meus 5 anos de idade ,pois o Mocambo era o rei da chácara.Fiquei curiosa,quando quis conhece-lo,fui até as duas baias(duas baias?!?!?)que audácia coloca-lo junto ao Mocambo,deparei-me com um animal muito menor e totalmente vermelho ,na minha linguagem,traduzindo alazão.Lembro-me de ter virado e usando botinhas pretas iguais as de meu pai e saí marchando muito determinada em direção à sede para conversar com o Nagib.
                 Este foi o primeiro contato que tive com um cavalo árabe e mal sabia eu ,o começo de um amor ,um casamento que
dura até hoje e que ainda me emociona a ponto de  meus olhos lacrimejarem.
                 É,mal sabia eu, da história de amor e paixão que dali se iniciaria.
                  Fui marchando resolutamente para falar com meu pai pois,tinhamos muito em comum (já que era só eu que tinha minhas botinhas pretas iguais a dele) .  Como(?!?!?)aquele cavalo vermelho tinha ido parar na baia vizinha ao mocambo?
                Ao encontra-lo molhando(regando)as árvores do jardim fui logo perguntando:
           -Papai,o que aquele cavalo vermelho está fazendo na mesma casa que o mocambo?(maõzinha na cintura e a outra virada para cima para dar maior enfase à pergunta).
           -Adelinha,a cor do cavalo é chamada de alazã e ele é um cavalo árabe que eu gosto e queria ter há muito tempo e que só agora consegui compra-lo.Seu nome é Albarud,e sete(7)éguas.
           -Mas e o mocambo,papai??
           -Vem cá - chamou-me para sentar ao lado dele na grama. E daí ele me explicou toda a história de como gostava da raça árabe e daonde ele tinha finalmente conseguido comprar e levantando-se chamou-me para ir conhecer de pertinho o Albarud e as sete éguas.
            E assim foi meu primeiro real contato com o cavalo árabe e o início de um grande amor quando toquei em sua pelagem fogo e sedosa e olhos complacentes e bondosos.